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Volume 37, N° 2 - jul-dez 2017

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Regina Bruno

Resumo

O objetivo deste artigo é refletir sobre os mecanismos de dominação simbólica presentes no discurso dos
representantes dos grandes proprietários de terra e empresários agroindustriais quando dirigidos aos povos
e comunidades tradicionais. Busco identificar a natureza de seus argumentos e perceber como as “diferenças
fundamentais” (Gramsci, 1972) se exprimem na linguagem dessas elites e de seus porta-vozes.
De uma perspectiva mais geral, procuro mostrar que, como parte do processo de constituição do agronegócio,
a ampliação da representação e a diversificação de interesses em comum entre grandes proprietários
de terra, produtores rurais e empresários agroindustriais organicamente constituídos incidem diretamente
no modo como eles atuam junto aos seus adversários, em especial diante da luta dos povos
indígenas e comunidades tradicionais e seus aliados e na produção de uma linguagem de classe orientada
por três grandes argumentos, que se complementam e são acionados dependendo da conjuntura: (1)
a desqualificação dos adversários e de seus aliados; (2) a concepção de que as criticas a eles endereçadas
são preconceituosas, falsas e equivocadas; e (3) o discurso produtivista e apologético do agronegócio.


Palavras-chave: Agricultura Empresarial; Dominação Simbólica; Povos e Comunidades Tradicionais.

 
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